segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A necessidade urgente de alertar e combater o perigo nefasto do esquerdismo no Brasil.

Eleição presidencial: o Brasil ante o perigo esquerdista e o vácuo político


No próximo dia 5 de outubro o Brasil efetuará a oitava eleição presidencial, após a assim chamada redemocratização. Eleição que, tudo parece indicar, só no segundo turno, a realizar-se três semanas depois, definirá o futuro ocupante do Palácio do Planalto.
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, com o presente comunicado, não pretende imiscuir-se nas disputas partidárias que, em nosso País, são marcadas, de modo preponderante, por divergências de interesse de personalidades ou de clãs políticos, mais do que por desacordos de elevado nível doutrinário.
Entretanto, a presente eleição presidencial traz em seu bojo questões ideológicas inquietantes, muitas vezes afastadas da atenção do público por debates irrelevantes. Sendo diversas dessas questões de vital importância para a Igreja e para a civilização cristã, é compreensível que suscitem indagações no espírito de muitos católicos, sobretudo quando percebem seus valores ameaçados. Acresce-se a isso que tais questões ideológicas estão muitas vezes impregnadas do pensamento doutrinário, da atuação política e da agitação social da “esquerda católica”.
Por tais motivos, pareceu conveniente ao Instituto Plinio Corrêa de Oliveira – entidade civil, composta de leigos católicos (1) – apresentar aqui uma série de reflexões destinadas antes de tudo a seus dedicados simpatizantes, mas também aos católicos e aos eleitores em geral. Reflexões que submete igualmente à atenção dos políticos e dos candidatos engajados no atual pleito.
1. Quadro político e eleitoral conturbado
O presente pleito eleitoral insere-se num quadro político bastante instável e confuso.
Um crescente descontentamento com os rumos dados ao País pelo governo da Presidente Dilma Rousseff levaram, nestes últimos meses, a inequívocas manifestações públicas de desagrado em relação ao Partido dos Trabalhadores (PT) e à própria figura da Presidente.
Em junho do ano passado, grandes manifestações realizadas por todo o País tinham feito soar o alarme. Mas o governo preferiu ignorar e até distorcer o sentido profundo das mesmas, ensaiando a convocação de uma Assembleia Constituinte específica que lançasse o País numa obscura reforma política.
Enquanto isso, o Brasil era assombrado por denúncias, cada vez mais arrepiantes, de bilionários esquemas de corrupção, instaurados no coração do Estado e visando a consecução de um projeto de poder, com laivos acentuados de totalitarismo.
Desde então, alastraram-se os fatores de incompreensão e de indignação, nas camadas profundas da população, e foi crescendo o desejo de obter nas eleições o afastamento do PT do poder.
*  *  *
Foi nesse ambiente sócio-político conturbado que se delineou o presente pleito eleitoral. Para ele muitos se voltavam com um misto de esperança e de desconfiança. Esperança de uma real mudança de rumos em relação à marcha desagregadora empreendida pelo governo; e desconfiança de que a presente disputa eleitoral nada mais fosse do que uma repetição de outras eleições, em que os debates sérios a respeito dos rumos do País estiveram ausentes.
A campanha eleitoral dava seus passos iniciais, quando a morte do candidato do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Eduardo Campos, no brutal e ainda não inteiramente esclarecido acidente aéreo que o vitimou, junto com outras seis pessoas, aportou novo fator de conturbação ao quadro político.
As mudanças abruptas na corrida presidencial, em decorrência de tal acidente, só tornaram mais aguda a distorção que atinge habitualmente as disputas eleitorais no País, máxime para o cargo de Supremo Mandatário da Nação.
2. O mundo político erra o alvo de sua pontaria publicitária
Plinio Corrêa de Oliveira, o intrépido líder católico, cujo pensamento e métodos de ação inspiram o Instituto que leva seu nome, sempre alertou – em inúmeras análises da realidade nacional, seja em artigos para a grande imprensa, seja em manifestos ou em livros de ampla divulgação – para o desacerto gravíssimo entre importantes setores do mundo político e a parte mais preponderante e sadia de nossa opinião pública.
Segundo ele, um equívoco, manuseado por políticos verdadeiramente esquerdistas, por certo capitalismo publicitário, por clérigos progressistas e favorecido ainda por hábeis táticas de propaganda, fez crer a muitos dos que atuam em nossa vida pública que a opinião pública brasileira constitui um imenso caudal a caminhar gradualmente para a extrema-esquerda.
Por tal motivo, para a maioria dos políticos a-ideológicos, a corrida para a esquerda tornou-se sinônimo de corrida para uma popularidade triunfal. Imaginam eles que, quanto mais se colorirem de tintas esquerdistas, tanto mais ganharão terreno na simpatia popular.
Movidos por tal ilusão, até mesmo políticos convictamente centristas (ou até um ou outro direitista) relegaram ao abandono todo o potencial político de que disporiam, caso se opusessem com firmeza à esquerdização dissolvente que vai arruinando o País.
Assim, a parte mais substancial do mundo político pôs sua mira na esquerda, errando o alvo de sua pontaria publicitária que deveria estar no centro, de si conservador. Um centro conservador não adepto de um imobilismo total, mas favorável à manutenção de uma determinada ordem de coisas.
Como também observava Plinio Corrêa de Oliveira, na vida humana – considerada no plano individual como no político – nada é absolutamente estável. Tudo o que vive se move, e por isso nesse grande centro conservador se encontram tendências ora para a direita, ora para a esquerda, tendências essas que, entretanto, não cindem tal imenso bloco majoritário e não o deslocam de sua postura fundamentalmente centrista.
Convém ainda precisar que tal fenômeno de conservantismo brasileiro possui notas mais acentuadamente psicológicas do que ideológicas. É generalizada nele a persuasão de que, diante de um mundo cheio de incertezas e de crises, quaisquer solavancos, reformas ou aventuras poderão ser fatais. E todos nele anseiam, ao contrário, por segurança e estabilidade.
3. Grave distorção: candidatos majoritariamente de esquerda
Como fruto desse desacerto fundamental entre o mundo político e a parte preponderante da opinião pública, o País vive, a cada eleição, um angustiante paradoxo: quase todas as candidaturas de peso tendem para a esquerda (mais ou menos radical) e a imensa maioria da população, centrista e conservadora, não encontra representante de projeção que com ela se identifique.
Tal distorção faz com que muitos não encontrem espaço para expressar as reflexões ansiosas de se comunicarem, os ideais, as sugestões políticas, sociais e econômicas que acalentam no fundo da alma. Abafados assim em suas legítimas aspirações, sem candidatos que as vocalizem e compelidos, por outro lado, pela obrigatoriedade do voto, muitos destes nossos compatriotas buscam uma válvula de escape, algum candidato que possa parecer uma contestação a esse sistema. Isso torna a escolha eleitoral um exercício altamente volúvel, imprevisível, marcado pela impulsividade, pelas reações temperamentais, por uma certa torcida, às quais, na maioria das vezes, estão alheios a observação, a reflexão e o planejamento da ação.
Some-se a esse quadro geral, o fator específico da alta dramaticidade da morte do candidato Eduardo Campos e facilmente se entenderá a presente corrida eleitoral. Uma disputa necessariamente conturbada, marcada muito fortemente por uma nota emotiva, por reações impulsivas, em que o debate sério de temas profundos e de programas de governo (2) foi trocado pelos ataques rasteiros, pelas mentiras deslavadas, pelos truques de propaganda (3).
4. A esquerda no poder se isola, diante de um público que caminha do desagrado para o ressentimento
A explanação acima ajuda a entender a encruzilhada política que vive o Brasil a poucos dias do primeiro turno da eleição presidencial.
Nestes últimos doze anos, o Partido dos Trabalhadores (PT) alcançou êxitos eleitorais em boa medida ilusórios. Suas conquistas foram, em ponderável medida, fruto de um eleitorado que acabou por votar na esquerda sem ter uma mentalidade autenticamente progressista ou esquerdista. A isto era ele condicionado por diversos fatores – publicitários, de vantagens e benesses sociais, de pregações religiosas, de calculismo, e até pela ausência de uma mais ampla gama ideológica de candidatos.
Entretanto, os estrategistas da esquerda imaginaram que o êxito de seus jogos publicitários equivalia a um ganho de terreno na opinião pública. Não souberam entender que, ainda que vencido pelo bloqueio de atenção e pela pressão sobre sua capacidade de análise, fruto das mais eficazes técnicas de propaganda, o “homem da rua” não se deixou propriamente convencer. Certa simpatia despreocupada que o levou a votar na esquerda, não era isenta de uma nota de desconfiança.
Dando, pois, aos êxitos eleitorais o alcance que eles não tinham, o PT, apesar de inicialmente ter evitado intervir na economia, se açodou na implementação de sua agenda sócio-política e deu livre curso a seus métodos de ação, tantas vezes autoritários.
Cada dia mais, o PT foi-se mostrando ácido diante das críticas, alimentando o clima odioso do “nós contra eles”. O aparelhamento do Estado; as políticas públicas anti-“discriminatórias”, que deslancharam tensões sociais, antes inexistentes no País; o favorecimento de “movimentos sociais” desrespeitadores da propriedade privada e do Estado de Direito; as propostas de controle da imprensa; o aumento de intervenção estatal na economia; as relações internacionais submissas a interesses ideológicos espúrios; o crescimento abrupto de escândalos de corrupção, etc., tudo isso foi fazendo o Brasil se sentir, pouco a pouco, ludibriado em seus anseios de uma ordem distendida e pacata.
A esquerda no governo foi caindo no isolamento, diante de um público inicialmente desagradado embora silencioso, depois agastado e, por fim, ressentido e furioso.
Seria por demais exaustivo analisar aqui a gênese dos protestos de junho do ano passado, mas é fato que os mesmos acabaram por se transformar em um imenso transbordar deste descontentamento público, para o qual convergiram insatisfações regionais e nacionais, políticas, sociais, econômicas, culturais, o que deu a tais manifestações um aspecto multifacetado.
Encerrado em sua própria utopia, o governo petista tentou ainda escamotear o sentido de tais protestos e radicalizar seu projeto de poder.
Embora as grandes manifestações tenham naturalmente refluído, o descontentamento com o PT e seu modo de governar foi se multiplicando e dando sinais vivos por toda a parte do território nacional e em todos os segmentos da sociedade.
Chegou-se, assim, à presente disputa eleitoral em que, para muitos, o intuito primordial de uma renovação política era afastar, pelo voto, o PT do poder.
5. Projetos políticos semelhantes
Subitamente um evento de notas trágicas convulsionou a atmosfera política.
A forte carga emocional de uma família, jovem e numerosa, dilacerada por um trágico desaparecimento, juntamente com pesquisas que apontavam uma disparada acentuada nas intenções de voto em Marina Silva, fizeram entrever, num desses rompantes típicos de nossa agilidade de espírito, que a candidatura desta última poderia ser a “bala de prata no coração do lulopetismo”, para usar a expressão de um matutino paulista (4).
Some-se a isso certa nota messiânica, certo utopismo de quimeras suaves ou brilhantes, envolta em linguagem fantasiosa e sedutora, que cria a impressão, ou a ilusão, da possibilidade de uma outra política, distante dos conchavos pouco coerentes e das iniciativas políticas tantas vezes enlameadas e corruptas do atual panorama, e se compreenderá o atual quadro de preferência de voto (5).
Mas, se bem analisada a situação, o País parece encaminhar-se para uma disputa entre dois projetos políticos esquerdistas (6), não tão diferentes entre si e, mais grave ainda, que radicalizarão os ânimos e criarão inevitavelmente fissuras no corpo social.
6. Decreto dos Conselhos Populares
Essa radicalização virá, antes de tudo, em decorrência do Decreto presidencial 8243, o qual constitui – como o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira teve oportunidade de alertar (7) – um gravíssimo ataque às instituições vigentes, no que pode ser qualificada de uma tentativa de golpe de Estado incruento.
Devido a manobras legislativas, articuladas pelo Governo Federal, a Câmara não conseguiu derrubar tal Decreto, já comparado a um decreto bolivariano ou bolchevique, que torna obsoletas as instituições do Estado de Direito, criando organismos informais através dos quais minorias militantes condicionarão a sociedade e o governo.
Tal decreto será, sem dúvida, uma das chaves do próximo mandato presidencial e as duas candidatas, que ora ocupam a liderança das pesquisas, vêem nele a oportunidade de um “aperfeiçoamento” da democracia, rumo a uma “democracia popular” tão ao gosto dos sistemas totalitários socialistas.
Agrava-se essa perspectiva quando se considera que a própria Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em seu documento nº 91, “Por uma reforma do Estado, com participação democrática”, endossa a criação de estruturas de participação popular, questiona a democracia representativa e propõe uma nova forma de viver a democracia, tudo em sintonia com o decreto presidencial 8243.
7. Reforma Agrária
Volta de novo ao debate a idéia de incrementar a Reforma Agrária, a velha utopia de esquerda, que ao longo de décadas tem debilitado o direito de propriedade, criando em milhões de hectares de nosso território verdadeiras “favelas rurais” ou unidades mais ou menos coletivizadas, as quais dependem, para sobreviver, das “esmolas” governamentais.
Alguns querem privilegiar a chamada “agricultura familiar” (um termo dúbio e habilmente manipulado) em detrimento do agronegócio, em franco progresso nos seus aspectos essenciais, de sorte a constituir hoje a coluna-mestra, e a salvaguarda honrada e forte da economia nacional.
Volta igualmente ao debate eleitoral o fantasma dos índices de produtividade rural. Reconhecidamente não existem, no Brasil, propriedades rurais particulares improdutivas. Aventar-se a revisão dos índices de produtividade só pode fazer crescer a insegurança jurídica no campo, com a consequente volta de invasões e do arbítrio.
Radicalizar o caminho agro-reformista – além de violar o direito de propriedade, consagrado em dois Mandamentos da Lei de Deus – gerará mais conflitos e injustiças no campo, contra aqueles que incansavelmente labutam pacificamente em toda a imensidão de nosso território. Tais propósitos só podem gerar susto e apreensão.
8. Reforma Urbana
Enquanto desordens de todo o tipo se têm propagado pelo Brasil, como uma erisipela, é fácil perceber que certos mecanismos de agitação e ação política passaram a assestar seu foco sobre os grandes conglomerados urbanos, para aí promoverem movimentos desestabilizadores.
A Reforma Urbana, quiçá ainda mais tempestuosamente esquerdista do que a Reforma Agrária, constitui mais um fantasma acabrunhador a perturbar as horas de trabalho, de lazer e de sono de todos quantos no Brasil possuem imóveis.
Salta aos olhos o contraste entre a ameaça que pesa sobre os cidadãos prestantes que habitam nosso solo urbano, ameaçados de sofrer uma sumária e despótica perseguição legal, e a impressionante liberdade de que gozam os agitadores camuflados pela demagógica qualificação de “sem-teto”, recebidos por autoridades após praticarem seus atos ilegais de desrespeito à propriedade.
Ora, também aqui e acolá na disputa eleitoral parece entrever-se o desígnio da intervenção estatal urbana, sob o pretexto de desenvolver cidades saudáveis, democráticas e seguras. A ameaça à propriedade urbana e as tentativas de forçar despoticamente mudanças nos hábitos comportamentais dos cidadãos parecem entrar na mira de um próximo mandato presidencial.
9. Reservas indígenas e terras quilombolas
Os projetos políticos em pauta contemplam um incentivo à desastrosa – e muitas vezes ignominiosa – política indigenista.
Bafejada por uma corrente ideológica de clérigos e leigos, ligados à Teologia da Libertação, tal política indigenista é crítica da obra colonizadora dos portugueses bem como da influência civilizadora dos missionários, a exemplo da exercida por São José de Anchieta.
Em vez de estimular a mútua compreensão cristã, que consolide cada vez mais a unidade brasileira, o indigenismo suscita incompreensões, rivalidades e atritos, contrários à miscigenação e ao caráter cristão e cordato de nosso povo.
A política de demarcação de terras indígenas tornou-se indiscriminada, abusiva e baseada numa concepção hipertrofiada dos direitos dos índios. Alguns deles, tantas vezes manipulados por propagandas eficazes e por agitadores políticos ou religiosos, acabam por se engajar em invasões de terras e agressões à propriedade privada, gerando insegurança e fomentando rancores raciais tão alheios à índole do brasileiro.
Cabe ressaltar, que as leis e os projetos políticos em discussão nesta eleição, tão ciosos de impor índices de produtividade aos proprietários rurais, concedem aos índios áreas verdadeiramente latifundiárias, que permanecem inaproveitadas, não cumprindo a tão decantada função social.
Mas a continuação de uma política de demarcação de reservas indígenas parece apontar agora para uma nova perspectiva: a da autonomia de tais reservas. Seria assim reconhecida, aos vários grupos indígenas, uma como que soberania face ao Estado, o que de si caminha para o esfacelamento da unidade e da soberania nacionais.
Como não perceber que a perspectiva de, na prática, ver dilacerada nossa soberania, e atingida essa imensa unidade territorial de que sentimos orgulho, é de molde a agredir a ufania de ser brasileiro que de tantos modos se manifesta, até mesmo em eventos públicos de grande repercussão?
O que aqui fica dito sobre a política indigenista, poderia ser afirmado, de modo similar, a respeito da política de demarcação das terras quilombolas.
10. Aborto
Mais uma vez não há clareza, nem determinação nas propostas políticas de defesa da vida. A consagração da prática do aborto pela legislação – tema candente para milhões de brasileiros e, especificamente, para os católicos – é quase completamente silenciado nos debates eleitorais. Os eleitores podem recear que esse silêncio seja prenúncio, após as eleições, por parte das candidatas que agora lideram as pesquisas, de medidas e propostas que agridam o sentir comum de nossa população, e se choquem com os valores cristãos da grande maioria da mesma.
11. “Casamento” homossexual
Em rota de colisão com os sentimentos e convicções das sociedades constituídas sob o bafejo dos ensinamentos do Evangelho, os ativistas do movimento homossexual tentam consagrar socialmente a prática do homossexualismo, apesar de flagrantemente oposta à Lei natural e à moral revelada.
Segundo afirmam os líderes desses movimentos, está em curso, sobretudo nas sociedades ocidentais e cristãs, uma verdadeira revolução moral e religiosa, oposta ao próprio cristianismo. Ela se traduz, entre outras coisas, na legalização do chamado “casamento” homossexual.
Sendo o casamento reconhecido – ao longo da História e em todas as civilizações – como o vínculo permanente que une um homem e uma mulher, com o objetivo comum de gerar uma prole e constituir família, não tem sentido falar-se de “casamento” homossexual.
Não obstante, em nome dos plenos direitos da cidadania, levanta-se outra vez o tema da aprovação do “casamento” homossexual em nosso País, em afronta aos sentimentos e convicções cristãs da forte maioria da sociedade (8).
12. Criminalização da “homofobia”
Em sua auto-proclamada revolução moral e religiosa, os ativistas do movimento homossexual, utilizam o termo “homofobia” para tachar, de modo depreciativo, todos aqueles que se manifestam, com argumentos racionais, científicos ou religiosos, às práticas do homossexualismo.
Mas os militantes desta revolução vão mais longe e pretendem criminalizar todos os que se opõem a sua agenda, por exemplo em nome da Lei natural e dos Dez Mandamentos.
Assim, já tramita no País um projeto de criminalização da homofobia, o qual tem sofrido forte rechaço da sociedade. Mas o tema de novo vem à baila nesta campanha eleitoral. Quem não percebe que tal proposta abriria as portas para a perseguição de caráter religioso e para os chamados crimes de opinião?
13. A estranha omissão da CNBB
Face aos rumos para os quais aponta tal quadro eleitoral, é compreensível a perplexidade dos católicos – e de tantos outros que não o sendo reconhecem o papel fundamental da Igreja – ante a quase completa omissão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Era natural que esse organismo episcopal fizesse sentir a influência sobrenatural da Santa Igreja, pela pregação da verdade evangélica, para o bem espiritual, intelectual e moral daqueles que a ela se abrem. Mas, infelizmente, a CNBB vem relegando para segundo plano uma série de temas de primordial importância religiosa e moral no que diz respeito ao bem comum espiritual e temporal do Brasil; e vem tentando modelar a opinião pública a seu gosto em determinados problemas políticos e sócio-econômicos, em incursões em matéria especificamente temporal, revestidas, por vezes, de uma agressividade voltada para a agitação.
14.  O Brasil mediano, o Brasil sensato, o Brasil autêntico anseia por estabilidade e paz
É difícil governar um povo com base numa miragem! Ou seja, criando a ilusão da existência de um espírito progressista – ou esquerdista – nas camadas profundas da população, onde ele, na verdade, não existe. É igualmente difícil governar um povo cordato cortejando minorias muitas vezes radicais.
Se o mundo político não vencer a magia dos velhos mitos e insistir num reformismo festivo, rumo a um esquerdismo cada vez mais radical (baseado em vitórias eleitorais ilusórias), serão cada vez mais raros no público aqueles que os acompanharão.
Nesse caso, qualquer candidato que vier a ocupar o Palácio do Planalto dificilmente escapará ao vácuo terrível do qual o mundo político, já hoje, está custando a escapar.
*  *  *
A encruzilhada que o País vive neste momento, cabe em boa medida aos nossos homens públicos resolvê-la. Continuarão eles a deixar sem voz e sem vez uma grande maioria centrista e conservadora, não atuando como resolutos mandatários da mesma? Continuarão a privilegiar sentimentos progressistas ou esquerdistas fictícios?
Diante dos múltiplos fatores desestabilizadores que marcam nossa atual conjuntura, em que é contínuo o esforço de certas minorias para suscitar confrontos e dissensões sociais, ao estilo da velha luta de classes, o Brasil mediano, o Brasil sensato, o Brasil autêntico anseia por serenidade, por estabilidade e por paz.
Este Brasil que recusa aventuras e rupturas sócio-políticas, necessitaria de uma candidatura viável que soubesse vocalizar suas aspirações e se comprometesse:
  • a ser a alternativa clara e firme ao governo do PT;
  • a fazer cessar as imensas máquinas de corrupção;
  • a tornar a administração pública credível;
  • a cicatrizar as chagas do jogo político-social do “nós contra eles”;
  • a não introduzir qualquer legislação que venha a permitir o aborto;
  • a não modificar a ordenação legal da família, mantendo o matrimônio como união estável entre homem e mulher;
  • a não impor a educação estatal às crianças e a garantir o direito da família de educar seus filhos;
  • a não aprovar programas e reformas educacionais que implantem a anti-natural “ideologia de gênero”;
  • a fazer cessar as agitações e reformas que ameaçam a propriedade urbana;
  • a fazer cessar as múltiplas ameaças contra a propriedade no campo e a dar estabilidade aos produtores rurais, verdadeiro esteio de nossa economia;
  • a rever a chamada política indigenista e a repensar e reformular as demarcações de reservas indígenas e de terras quilombolas;
  • a livrar a economia do dirigismo estatal, a favorecer a iniciativa privada, a diminuir a onerosa carga tributária.
*  *  *
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira apresenta aqui estas reflexões, como contributo ao que está persuadido serem os mais altos interesses do Brasil e da civilização cristã na presente conjuntura, depositando seu esforço aos pés de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira de nossa Nação.

São Paulo, 24 de setembro de 2014
Festa de Nossa Senhora das Mercês
Adolpho Lindenberg
Presidente do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

========== Notas =========
(1) O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (IPCO) não representa a Sagrada Hierarquia, não foi fundado por ela, nem por ela é dirigido. Nossa entidade foi fundada e é dirigida por leigos católicos que, inspirados nos ensinamentos da doutrina social tradicional da Igreja, visa tão só atuar no campo temporal, em favor da civilização cristã, sob a exclusiva responsabilidade de seus integrantes. Sem embargo, ela se sujeita, com filial obediência, à vigilância da Sagrada Hierarquia em tudo quanto diz respeito à Fé, à Moral e à disciplina eclesiástica (cfr. Código de Direito Canônico, cânones 212 §1, 215, 225 §2, 227).
(2) Sobre a indefinição de programas dos candidatos, o jornal “Valor”, de 16 de setembro, destacou que o PSB prepara a revisão de programa para 2º turno: “Com vistas a um provável segundo turno, a campanha da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, já prepara mudanças no plano de governo, com um detalhamento maior de propostas” (PSB prepara a revisão de programa para 2º turno).
A candidata Marina Silva já havia realizado diversas erratas em relação ao programa entregue à Justiça Eleitoral.
A “Folha de S. Paulo”, por sua vez, destaca em editorial, do dia 19 de setembro, a respeito dos outros candidatos: “O senador [Aécio Neves] ainda promete finalizar seu programa de governo, mas até hoje, faltando 16 dias para a votação, não avançou além das diretrizes gerais que todo candidato deve, por lei, protocolar ao registrar sua postulação. (…)
“Desconfortável mesmo deveria estar a presidente Dilma Rousseff (PT), que teve atitude bastante distinta. Diante das divergências entre o que defende seu partido e o que pretende seu governo, a mandatária considerou oportuno suspender a divulgação de seu programa. (…)
“Ao eleitor, por óbvio, essa lógica mesquinha de nada serve. Como saber de que maneira Dilma planeja se comportar num eventual segundo mandato se nem aceita assumir compromissos formais?” (Descaso programático).
(3) A este respeito são elucidativas as palavras de Antonio Delfim Netto: “O evidente mau uso dos recursos dissipados na propaganda eleitoral `gratuita´ (paga pela sociedade desapercebida) que em lugar de educar o cidadão, deseduca-o em matérias cuja boa compreensão é fundamental para o voto consequente. Exacerba o voluntarismo como solução para nossos graves problemas” (Limite inferior, “Folha de S. Paulo”, 17 de setembro de 2014).
Carlos Heitor Cony ressalta igualmente o vazio da disputa eleitoral: “Finalmente, o clima eleitoral esquentou. Esquentou até demais. A entrada de Marina botou fogo numa disputa que ameaçava a tepidez (…). Mesmo assim, a disputa nem chega a ser política, mas quase esportiva, o eterno flá-flu, o maniqueísmo em sua forma radical. Dilma e Marina baixaram o nível da campanha” (Flá-flu eleitoral, “Folha de S. Paulo”, 16 de setembro de 2014).
(4) O “Estado de S. Paulo”, em Notas & Informações: “É cada vez menor o número dos que duvidam hoje da derrota de Dilma Rousseff nas urnas de outubro. Mas a probabilidade da vitória de Marina Silva poderá resultar em enorme decepção para quem acredita que o voto na ex-senadora é o melhor caminho para livrar o País do lulopetismo. Esta é a conclusão a que têm chegado, nos círculos políticos de Brasília, petistas e não petistas com algum acesso a Lula, a partir da análise de seu comportamento diante de um quadro eleitoral que era impensável pouco tempo atrás. (…)
“Lula, portanto, parou para pensar em si mesmo, entregar os anéis para salvar os dedos e se concentrar em 2018, quando ele próprio poderá tentar, com o prestígio popular que lhe tiver restado, uma volta triunfal ao Palácio do Planalto. E, pelo que dizem ser seus cálculos, a eleição de Marina Silva agora pode ser mais útil a esse objetivo do que a reeleição de Dilma. (…)
“A ser isso verdade, votar em Marina com a intenção de cravar uma bala de prata no coração do lulopetismo seria comprar gato por lebre” (As coisas podem não ser o que parecem, 7 de setembro de 2104).
(5) Em editorial, a revista “Isto É” aponta: “[Marina Silva] sem definir propostas ou detalhar planos, surfa na conveniência do discurso generalista que soa simpático às massas, mas que peca na consistência e no leque de alternativas concretas para colocar o País de volta aos trilhos” (O que é a `Nova Política´?, 3 de setembro de 2014).
Por seu turno, Renato Janine Ribeiro, afirma no jornal “Valor”: “Se a terceira candidata [Marina Silva] adquiriu, tão rapidamente, tantas intenções de voto, sobretudo entre os que eram indecisos, é mais pelo desencanto com os dois grandes partidos do que pelo conteúdo de suas propostas” (Quem ganhar perderá, 20, 21 e 22 de setembro de 2014).
(6) Tomamos aqui o termo “esquerdista” não apenas como um conjunto de reformas sócio-econômicas visando estabelecer, a prazo curto ou médio, a inteira igualdade entre os homens, mas também tudo quanto corrói, corrompe ou dissolve a moral cristã, fundamento da civilização ocidental. Todas as leis que favorecem o permissivismo omnímodo de nossos dias pode e deve ser tido como genuína expressão da mentalidade e da doutrina esquerdista (cfr. Plinio Corrêa de Oliveira, O descontentamento da direita e do centro, “Folha de S. Paulo”, 21 de julho de 1978).
(7) Cfr. Comunicado do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, Importante passo rumo ao modelo venezuelano22 de junho de 2014.
(8) Não deixa de ser significativo deste rechaço o ocorrido quando da apresentação do programa de governo da candidata Marina Silva: “Pressionada pelo pastor evangélico Silas Malafaia, a chapa de Marina retirou o apoio à criminalização da homofobia e ao casamento gay do programa de governo apresentado 24 horas antes. Marina alegou que a inclusão do texto havia sido um equívoco de sua equipe, mas o estrago, sobretudo nas redes sociais, a essa altura já estava feito” (Marina sob fogo cerrado, Mariana Barros e Malu Gaspar, “Veja”, 10 de setembro de 2014).

12 comentários para Eleição presidencial: o Brasil ante o perigo esquerdista e o vácuo político


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(Vídeo 3:19) O uso manipulativo da Matemática pelos Gayzistas

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http://matematicareformacional.blogspot.com.br/2014/09/video-319-o-uso-manipulativo-da.html

(Vídeo 2:34) - A Vitória da Comunista Dilma poderá desencadear uma Guerra Civil no Brasil.

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domingo, 28 de setembro de 2014

(Vídeo 7:42) - Elba Ramalho denuncia governo Dilma (PT/PMDB) por promover o aborto...

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Lula ultrapassa o limite da estupidez em comício em Santo André e desenvolve a teoria de que roubar banco é uma atividade que faz sentido… Dá para entender por que Dilma quer dialogar com cortadores de cabeças

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(Vídeo 1:53) - Honestamente, mais um motivo para não votar no maior senador inútil de São Paulo - Suplicy quer que os jovens que cometeram crimes hediondos deem aulas de português e alfabetização e trabalhem como enfermeiros

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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

(Vídeo 9:39) - Campanha Nacional para a Luciana Estudar...

(Vídeo 9:39) - Campanha Nacional para a Luciana Estudar...

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Anexo um "Texto Esquerdopata do PSOL" defendendo Nicolás Maduro e vai à Venezuela acompanhar eleição presidencial

PSOL apóia Nicolás Maduro e vai à Venezuela acompanhar eleição presidencial



Vitória apertada, mas vitória

 

Foto: Joka Madruga/Site Terra Livre
Gilberto Maringoni, direto de Caracas

Os próximos dias e semanas serão um duro teste para o presidente Nicolás Maduro. Terá de enfrentar uma direita interessada em desestabilizá-lo e um cerco midiático avassalador. A situação obrigará também a uma reflexão e redefinição dos rumos e ritmos da ação governamental.

Um
O resultado: 50,66% para Nicolas Maduro e 49,07% para Henrique Capriles. Em números absolutos, 7.505.338 contra 7.270.403 de votos, diferencia de 234.935 sufrágios. Mínima, mas real.

Democracia é assim, quem tem mais votos leva, mesmo que seja 50% mais um.

Numa ditadura, isso não é possível. Ditaduras prescindem do outro lado e da oposição. Maduro venceu apertado, mas venceu. Na ponta do lápis, a questão está resolvida: o chavismo continua sem Chávez.

Mas o resultado tem de ser examinado além das planilhas.

Dois
O governo não estava preparado para essa diferença. Possivelmente Capriles – que cogitou não concorrer, logo após a morte de Chávez – também não.

Os chavistas avaliaram que dariam uma lavada na oposição, repetindo ou aumentando a diferença de 12% (56 a 44%) das eleições de outubro, quando Capriles enfrentou Chávez em sua última disputa.

Agora, o governo contava com o clima emocional disseminado no país, após a morte do Comandante, e os inegáveis avanços sociais de seu governo.

Pesavam contra a situação a persistência da inflação, da violência e a burocracia estatal a prejudicar o desenvolvimento dos serviços públicos. Não são problemas criados pelo chavismo, mas que continuaram nos últimos anos.

Três
Havia certa tensão no ar nos jardins do palácio de Miraflores na noite quente deste domingo, em Caracas. As ruas estavam desertas e praticamente não havia bares ou restaurantes abertos. Cerca de duas mil pessoas aglomeraram-se ä espera do resultado oficial do Conselho Nacional Eleitoral, que seria projetado em um telão.

Eram quase 23h quando o órgão, anunciou a totalização.

O clima foi de espanto geral. A expectativa de um passeio não se concretizara.

Cinco minutos depois, um locutor anuncia a presença de Maduro.

Quatro
Maduro estava visivelmente na defensiva. Em 43 minutos, reafirmou varias marcas da campanha, denunciou planos desestabilizadores, exaltou Chávez, a Constituição e justificou o resultado eleitoral, citando a vitória de George W. Bush, em 2000. Lembrou que naquele processo – turvado por somas contraditórias em varias regiões da Flórida.- a diferencia fora também mínima. Chamou os presentes a cantar o hino nacional, voltou a denunciar a desestabilização, falou do socialismo, da democracia “protagônica”, alertou a oposição de que não deveria contestar a voz das urnas e tornou a falar de Chávez.
Não parecia haver roteiro prévio.

Cinco
Cotejando o resultado final com as pesquisas de dez dias atrás – as últimas que puderam ser divulgadas -, pode-se constatar que o candidato situacionista viu uma margem de até 12% de diferencia apertar-se para 1%. Ou seja, Maduro estaria em queda e Capriles em ascensão. A derrota era um risco real para o governo, não considerada como hipótese séria em alguns de seus círculos.

Seis
Henrique Capriles faz o que qualquer candidato em sua situação faria: esperneia. Pede recontagem dos votos e diz não reconhecer o resultado. Ficou por vários minutos na televisão, em coletiva com a equipe de campanha, a dizer que “o grande derrotado foi Maduro”, numa evidente forcação de barra.

Se Maduro não sair da defensiva, a argumentação de Capriles pode prosperar. A imprensa – venezuelana e internacional – aumentará o cerco, buscando deslegitimar o mandato do novo presidente. Não lhe dará folego algum.

Sete
As falas de Maduro na campanha – corretamente – se apoiaram no legado de Chávez e na história de seus mandatos, com especial destaque para o golpe de 2002. É importante, mas o presidente pouco comenta do futuro, dos planos, dos projetos. Tem seu farol apontado para trás, o que pode dificultar a criação de uma imagem própria para a população.

Oito
Em abril de 2002, três semanas após o golpe, vim pela primeira vez a Venezuela. No hotel em que me hospedei, perguntei a uma camareira como estava o país. Ela respondeu: “Quiseram quitar Chávez, pero no conseguiram. Chávez és nuestro y por iso no lo quierem”. A frase me espantou pela síntese. Os pobres queriam seu líder.

Corte. Onze anos depois, chego ao hotel onde estou hospedado na capital venezuelana. Pergunto ao rapaz que leva minha bagagem até o quarto em quem ele votaria. “Em Capriles, claro! Hay que cambiar”.

Entre os mais de sete milhões de votantes em Capriles, a maioria seguramente é constituída por pobres.

Olhando as planilhas de outubro passado, uma conclusão inicial pode ser feita, lembrando que Chávez teve 8.191.132 votos e Capriles 6.591.304.

Em seis meses, a oposição ganhou cerca de 680 mil votos, enquanto o governo perdeu ao redor de 700 mil. Pode ter havido uma migração de um lado para o outro.
Saber onde e porque isso aconteceu é vital para a continuidade e estabilização do governo Maduro.

Nove
Os próximos dias e semanas serão um duro teste para o presidente Nicolás Maduro. Terá de enfrentar uma direita interessada em desestabilizá-lo e um cerco midiático avassalador. A situação obrigará também a uma reflexão e redefinição dos rumos e ritmos da ação governamental.

Por fim, há algo não pode ser colocado em xeque: Maduro ganhou. Leva.

Democracia, como já dito, é assim.

PSOL apóia Nicolás Maduro e vai à Venezuela acompanhar eleição presidencial

 
 

Foto: AP
Partido lançou nota em que declara solidariedade ao povo venezuelano e apoio à candidatura de Maduro, por expressar a continuidade dos valores da Revolução Socialista Bolivariana 
 
O presidente nacional do PSOL, deputado Ivan Valente, viaja na manhã desta sexta-feira (12) para Venezuela, onde vai acompanhar a eleição presidencial, que ocorrerá no próximo domingo, 14 de abril. Também já está em Caracas o jornalista e militante do PSOL Gilberto Maringoni, que foi acompanhar o processo pela Fundação Lauro Campos. Maringoni é um dos colaboradores do livro que a Fundação está elaborando sobre os governos progressistas da América Latina, incluindo a Venezuela, com sua experiência da Revolução Bolivariana, implementada por Hugo Chávez, falecido em 5 de março deste ano.
 
Em nota, o PSOL declara solidariedade ao povo venezuelano e apoio à candidatura de Nicolás Maduro, por expressar a continuidade dos valores da Revolução Socialista Bolivariana. Segundo o texto, o PSOL já havia manifestado sua solidariedade ao povo venezuelano, em duas oportunidades recentes: na eleição presidencial de 2012, em apoio político à candidatura de Hugo Chávez, e mais recentemente, em clima de profunda tristeza, manifestou seu pesar pelo falecimento do ex-presidente, “tão significativa personalidade na luta antimperialista latino-americana”. “Por coerência não poderíamos nos furtar a assumir posição diante das próximas eleições, previstas para 14 de abril, declarando nosso apoio  à candidatura de Nicolás Maduro, por expressar a continuidade dos valores da Revolução Socialista Bolivariana”, afirma o PSOL, ao final de sua nota.
 
Reta final da campanha 
Nessa última semana de campanha eleitoral, o presidente e candidato a reeleição Nicolás Maduro tem percorrido diversos estados no interior do país, seguindo um ritmo frenético de, pelo menos, três por dia, deixando para hoje (11) o grande encerramento na capital, Caracas. Segundo matéria publicada no site do jornal Brasil de Fato, ontem ele aproveitou os atos para anunciar investimentos e prestar contas do governo. Nas atividades de campanha, tem arrastado multidões na mesma forma que seu predecessor, o ex-presidente Hugo Chávez, falecido no último dia 5 de março.
 
Ontem (10), no Estado Trujillo, anunciou a construção de um aqueduto, de um hospital oncológico e investimentos na agricultura. Também fez campanha pela tarde no Estado Falcón e pela noite, em Barquesimiento, capital do Estado Lara, fez duras críticas aos meios de comunicação privados do seu país. Na manhã desta quinta-feira (11) esteve no Estado Zúlia, de onde realizará seu grande ato de campanha na capital.
 
“Com o acirramento da campanha, o candidato do chavismo tem pedido para que seus militantes não entrem em provocação e nem no triunfalismo, demonstrando preocupação com a mobilização do próximo domingo, dia das eleições presidenciais”, afirma o texto.
 

 
Fonte: Do site do PSOL Nacional, Leonor Costa


Organizações de esquerda promovem no dia 5 de abril ato em apoio à eleição de Maduro como presidente da Venezuela


 
“Brasil com Chávez está com Maduro” é o nome da campanha, que está sendo promovida em todo o país 
 
Na próxima sexta-feira, 5 de abril, militantes de várias organizações de esquerda promoverão uma grande campanha em apoio à eleição de Nicolás Maduro à presidência da Venezuela. A campanha, intitulada “Brasil com Chávez está com Maduro”, já está “nas ruas”, mas seu auge será na sexta-feira, quando os comitês em defesa de Maduro e da Revolução Bolivariana realizarão manifestações em todo o país. Em São Paulo, a atividade será às 19h, no Sindicato dos Engenheiros de SP (Rua Genebra, 25 - São Paulo). Segundo os organizadores, o ato será também em homenagem ao presidente Hugo Chávez, falecido no dia 5 de março, em Caracas.

Em outubro de 2012 os partidos progressistas, movimentos sociais, ativistas e intelectuais brasileiros se uniram para manifestar apoio à candidatura do presidente venezuelano Hugo Chávez. Foi criada, na época, a campanha Brasil com Chávez. “Com a morte dele, uma nova eleição foi convocada para 14 de abril e esta articulação das forças progressistas no Brasil faz-se novamente necessária”, afirmam os organizadores. A vitória de Maduro significa a continuidade das políticas e das transformações iniciadas em 1999, com a posse de Hugo Chávez.
 
“No lançamento da primeira campanha, dissemos: ‘Se venezuelanos fôssemos, votaríamos em Hugo Chávez’. Agora, diremos: ‘se venezuelanos fôssemos, votaríamos em Nicolás Maduro’”, afirma a convocatória do ato.
 
Acompanhe aqui mais notícias no blog da Campanha “Brasil com Chávez está com Maduro”. E curta a página da campanha no facebook:https://www.facebook.com/brasilcomchavezestacommaduro.
 
Fonte: Portal do PSOL Nacional - Leonor Costa

Leia mais sobre a Venezuela nos links abaixo.

Nota da presidência do PSOL e da secretaria de Relações Internacionais sobre morte do presidente Hugo Chávez


http://psol50.org.br/site/paginas/42/psol-com-chavez-e-maduro

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Por que o socialismo sempre irá fracassar by Hans-Hermann Hoppe

Por que o socialismo sempre irá fracassar
por , terça-feira, 10 de novembro de 2009
O socialismo e o capitalismo oferecem soluções radicalmente diferentes para o problema da escassez: já que é impossível que todos tenham, imediatamente e ao mesmo tempo, tudo aquilo que querem, como então podemos decidir de modo eficaz quem irá controlar os recursos que temos? 

A solução que for escolhida trará profundas implicações.  Ela pode significar a diferença entre prosperidade e empobrecimento, trocas voluntárias e coerção política, liberdade e totalitarismo.

O sistema capitalista soluciona o problema da escassez ao reconhecer o direito à propriedade privada honestamente adquirida.  O primeiro a utilizar um determinado bem, torna-se o seu proprietário.  
Outros podem adquiri-lo por meio de trocas e contratos voluntários.  Mas até que o dono da propriedade decida fazer um contrato para comercializar sua propriedade, ele pode fazer o que quiser com ela - desde que ele não interfira na propriedade alheia, danificando-a fisicamente.

O sistema socialista tenta solucionar o problema da propriedade de uma maneira completamente diferente.  Assim como no capitalismo, as pessoas podem ser donas de bens de consumo.  Mas no socialismo, diferentemente do capitalismo, as propriedades que servem como meios de produção são coletivizadas, não possuindo proprietários.  Nenhuma pessoa pode ser dona das máquinas e dos outros recursos utilizados na produção de bens de consumo.  É a humanidade, por assim dizer, a dona desses recursos.  Apenas um tipo de pessoa pode comandar os meios de produção: os "zeladores" do sistema, aqueles que controlam todo o arranjo socialista.

As leis econômicas garantem que a socialização dos meios de produção sempre irá gerar efeitos econômicos e sociológicos perniciosos.  Qualquer experimento socialista sempre acabará em fracasso, por cinco motivos.

Primeiro, o socialismo resulta em menos investimentos, menos poupança e um padrão de vida menor.  Quando o socialismo é inicialmente imposto, a propriedade precisa ser redistribuída.  Os meios de produção são confiscados dos atuais usuários e produtores, e entregues à comunidade de "zeladores".  Mesmo que os proprietários e usuários tenham adquirido os meios de produção via consentimento voluntário dos usuários anteriores, os meios serão transferidos a pessoas que, na melhor das hipóteses, tornar-se-ão usuárias e produtoras de coisas que elas não possuíam anteriormente.

Sob esse sistema, os proprietários e usuários anteriores são penalizados em prol dos novos donos.  Os não-usuários, não-produtores e não-contratantes dos meios de produção são favorecidos ao serem promovidos à posição de zeladores de propriedades que eles não utilizaram, não produziram ou não alugaram para usar.  Assim, a renda dos não-usuários, não-produtores e não-contratantes aumenta.  O mesmo é válido para o não-poupador que se beneficiou à custa do poupador cuja propriedade poupada foi confiscada.

Torna-se claro, portanto, que se o socialismo favorece o não-usuário, o não-produtor, o não-contratante e o não-poupador, ele necessariamente eleva os custos sobre os usuários, os produtores, os contratantes e os poupadores.  É fácil entender por que haverá menos pessoas exercendo essas últimas funções.  Haverá menos apropriações originais dos recursos naturais, menos produção de novos fatores de produção e menos contratantes.  Haverá menos preparação para o futuro porque todos os investimentos secarão.  Haverá menos poupança e mais consumo, menos trabalho e mais lazer.
Isso significa menos bens de consumo disponíveis para trocas, o que leva a uma redução do padrão de vida de todos.  Se as pessoas estiverem dispostas a se arriscar para obtê-los, elas terão de ir para o mercado negro e para a economia informal, onde poderão tentar contrabalançar essas perdas.

Segundo, o socialismo resulta em escassez, ineficiências e desperdícios assombrosos.  Essa foi a grande constatação de Ludwig von Mises, que ainda em 1920 já havia descoberto que o cálculo econômico racional é impossível sob o socialismo.  Ele mostrou que, em um sistema coletivista, os bens de capital serão, na melhor das hipóteses, utilizados na produção de bens de segunda categoria; na pior, na produção de coisas que não satisfazem absolutamente nenhuma necessidade.

A constatação de Mises é simples, porém extremamente importante: como no socialismo os meios de produção não podem ser vendidos, não existem preços de mercado para eles.  Assim, seu "zelador" não pode determinar os custos monetários envolvidos na utilização dos recursos ou na modificação das etapas dos processos de produção.  Tampouco pode ele comparar esses custos à receita monetária das vendas.  E como ele não tem a permissão de aceitar ofertas de outros empreendedores que queiram utilizar seus meios de produção, ele não tem como saber quais as oportunidades que está perdendo.  E sem conhecer as oportunidades que está perdendo, ele não tem como saber seus custos.  Ele não tem nem como saber se a maneira como ele está produzindo é eficiente ou ineficiente, desejada ou indesejada, racional ou irracional.  Ele não tem como saber se está satisfazendo as necessidades mais urgentes ou os caprichos mais efêmeros dos consumidores.

No capitalismo, o livre mercado e o sistema de preços fornecem essa informação ao produtor.  Mas no socialismo, não há preços para os bens de capital e não há oportunidades de trocas voluntárias.  O "zelador" fica à deriva e no escuro.  E como ele não conhece a situação de sua atual estratégia de produção, ele não sabe como melhorá-la.  Quanto menos os produtores podem calcular e fazer aprimoramentos, maior a probabilidade de desperdícios e escassezes.  Em uma economia na qual o mercado consumidor para seus produtos é muito grande, o dilema do produtor é ainda pior.  Desnecessário dizer que, quando não há um cálculo econômico racional, a sociedade irá afundar em um empobrecimento progressivamente deteriorante.

Terceiro, o socialismo resulta na utilização excessiva dos fatores de produção - até o ponto em que eles se tornam completamente dilapidados e vandalizados.  Um proprietário particular em um regime capitalista tem o direito de vender seu fator de produção no momento que ele quiser, e manter para si as receitas da venda.  Sendo assim, é do seu total interesse evitar perdas no valor de seu capital.  Como ele é o dono, seu objetivo é maximizar o valor do fator responsável pela produção dos bens e serviços por ele vendidos.

A situação do "zelador" socialista é inteiramente diferente.  Como ele não pode vender seu fator de produção, ele tem pouco ou nenhum incentivo para fazer com que seu capital retenha valor.  Seu estímulo, ao contrário, será aumentar a produção sem qualquer consideração para com as conseqüências disso sobre o valor de seu fator de produção - o qual, por causa do uso constante e desmedido, só irá cair.  Há também a hipótese de que, caso o zelador vislumbre uma oportunidade de utilizar seus meios de produção em benefício privado - como produzir bens para serem vendidos no mercado negro -, ele terá o incentivo de aumentar a produção à custa do valor do capital, consumindo completamente o maquinário.  Afinal, ele não tem nada a perder e tudo a ganhar.

Não importa como você veja: quando não há propriedade privada e livre mercado - ou seja, quando há socialismo -, os produtores estarão propensos a consumir o capital até sua completa inutilização.  O consumo de capital leva ao empobrecimento.

Quarto, o socialismo leva à redução da qualidade dos bens e serviços disponíveis ao consumidor.  Sob o capitalismo, um empresário pode preservar e expandir sua empresa apenas se ele for capaz de recuperar seus custos de produção.  E como a demanda pelos produtos de sua empresa depende da avaliação que os consumidores fazem do preço e da qualidade (sendo o preço um critério de qualidade), a qualidade dos produtos tem de ser uma preocupação constante para os produtores.  Isso só é possível se houver propriedade privada e trocas voluntárias de mercado.

Sob o socialismo, as coisas são diferentes.  Não apenas os meios de produção são coletivamente geridos, como também é coletiva a renda obtida com a venda de toda a produção.  Isso é outra maneira de dizer que a renda do produtor tem pouca ou nenhuma conexão com a avaliação que os consumidores fazem do seu trabalho.  Todos os produtores, obviamente, sabem desse fato.
Assim, o produtor não tem motivos para fazer um esforço especial para melhorar a qualidade do seu produto.  Ao invés disso, ele irá dedicar menos tempo e esforço para produzir o que os consumidores querem e gastar mais tempo fazendo o que ele quer.  O socialismo é um sistema que incentiva os produtores a serem preguiçosos.

Quinto, o socialismo leva à politização da sociedade.  Dificilmente pode existir algo pior para a produção de riqueza.

O socialismo, pelo menos em sua versão marxista, diz que seu objetivo é a completa igualdade.  Os marxistas observam que, uma vez permitida a propriedade privada dos meios de produção, está permitida a criação de diferenças sociais.  Se eu sou o proprietário do recurso A, isso implica que você não é - logo, nossa relação com o recurso A torna-se diferente e desigual.  Ao abolir de uma só vez a propriedade privada dos meios de produção, dizem os marxistas, todos passarão a ser co-proprietários de tudo.  E isso seria o mais justo, pois estaria refletindo a igualdade de todos como seres humanos.
A realidade, porém, é muito diferente.  Declarar que todos são co-proprietários de tudo irá solucionar apenas nominalmente as diferenças de posse.  Mas não irá resolver o real e fundamental problema remanescente: ainda existirão diferenças no poder de controlar o que será feito com os recursos.
No capitalismo, a pessoa que é dona de um recurso pode também controlar o que será feito com ele.  Em uma economia socializada, isso não se aplica, pois não mais existem proprietários.  Não obstante, o problema do controle continua.  Quem irá decidir o que deve ser feito com o quê?  No socialismo, só há uma maneira: as pessoas resolvem suas desavenças a respeito do controle da propriedade sobrepondo uma vontade à outra.  Enquanto existirem diferenças, as pessoas irão resolvê-las por meios políticos.
Se as pessoas quiserem melhorar sua renda sob o socialismo, elas terão de ascender a posições mais valorizadas dentro da hierarquia dos "zeladores".  Isso requer talento político.  Sob tal sistema, as pessoas terão de despender menos tempo e esforço desenvolvendo suas habilidades produtivas e mais tempo e esforço aprimorando seus talentos políticos. 

À medida que as pessoas vão abandonando seus papeis de produtoras e usuárias de recursos, percebe-se que suas personalidades vão se alterando.  Elas deixam de cultivar a capacidade de antecipar situações de escassez, de aproveitar oportunidades produtivas, de estar alerta a possibilidades tecnológicas, de antecipar mudanças na demanda do consumidor e de desenvolver estratégias de marketing.  Elas perdem a capacidade da iniciativa, do trabalho e da resposta aos anseios de terceiros.
Nesse cenário, as pessoas passam a desenvolver a habilidade de mobilizar apoio público em favor de suas próprias posições e opiniões, utilizando-se de artifícios como demagogia, poder de persuasão retórica, promessas, esmolas e ameaças.  Sob o socialismo, as pessoas que ascendem ao topo são diferentes das que o fazem sob o capitalismo.  Quanto mais alto você olhar para uma hierarquia socialista, mais você encontrará pessoas excessivamente incompetentes para fazer o trabalho que supostamente deveriam fazer.  Não é nenhum obstáculo para a carreira de um político-zelador ser imbecil, indolente, ineficiente e negligente.  Ele só precisa ter boas habilidades políticas.  Isso também contribui para o empobrecimento da sociedade.

Um exemplo prático e recente de tudo isso pode ser encontrado nos EUA.  Quando o muro caiu, aquele país ainda não estava totalmente socializado, mas já eram perceptíveis os efeitos desastrosos de uma sociedade na qual os políticos invadiam os direitos dos donos de propriedades.  Todos os efeitos empobrecedores do socialismo já se faziam presentes nos EUA daquela época: reduzidos níveis de investimento e poupança, má alocação de recursos, utilização excessiva e consequente destruição dos fatores de produção, e qualidade inferior dos produtos e serviços.  As conseqüências não poderiam ser outras. Passados vinte anos, hoje os americanos já estão sentindo o gosto de viver sob um intervencionismo social-democrata extremamente similar ao socialismo.

Hans-Hermann Hoppe é um membro sênior do Ludwig von Mises Institute, fundador e presidente da Property and Freedom Society e co-editor do periódico Review of Austrian Economics. Ele recebeu seu Ph.D e fez seu pós-doutorado na Goethe University em Frankfurt, Alemanha. Ele é o autor, entre outros trabalhos, de Uma Teoria sobre Socialismo e Capitalismo eThe Economics and Ethics of Private Property. Fonte: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=459